25 de jun. de 2012

Junhos

Quero alguém que me faça sorrir
Mesmo quando o sol me seja ameno
A lua fique em segredo
E as nuvens se escondam na claridade

Olhos sempre a postos para o pranto
E no engano das carpideiras
Eu me assombre com a vida pra entender a morte

E o que me importa?
Se a fome corrói o estômago
E um pedaço de pão me assole a sorte
Me dê passos, antes que eu desista de andar

Mais perto me encontro
Pois, tão longe está meu pensamento
Na busca irreal de ilusões

E no espanto meu mundo se transforma
Evolui à medida de minhas asserções
Mesmo que o dia me seja curto e não dê tempo
Ainda que a noite se prolongue
E o sonho fique comprido

Tão perto da loucura
Do instante
Da impressão do toque
Da troca
Da palavra
Que no barulho se cala

Em busca do momento certo
Da implosão que expele
Vários de mim em um só

E meu tom geminiano
Se mescla ao teu
Pra formar gratuidade e assistência
Alimentar-se de água e do fogo
De vento e poeira

Na posição privilegiada do espírito
Fica uma porção de mim esperando
E outra, me divertindo de quem me olha com desdém

Amar no descaso alheio é minha missão
Ceder, me poupar de versos
É minha certeza

Expor as mazelas ao desconhecido
Ao menos, ser invasivo
Indiscreto
Impreciso
São outras parcelas de um todo
Que mesmo corrompido
Corrobora com a velha decisão do ser









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